Introdução: Prólogo

Um sorriso se brotou nos lábios da mulher que envolveu o garoto com os braços. Acariciou as madeixas claras do menino, decidindo que ignoraria as palavras do garoto atendente; - Peculiar, porém, até que belo. - deu de ombros, pegando a chave de número um. Deu um sorriso calmo para o rapaz, passando os olhos pelo resto da sala, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha. 

- Pegou o quarto três, meu bem? - perguntou ao menino. Ele era a preocupação maior de Louise.

Ao lado de um abajur antigo com pouca iluminação da luz quase falha daquela lâmpada antiga, estava sentado um rapaz quase que escondido para todos os novos hospedes que entravam, alguns mentindo, outros a procura de algo, mas assim como todos os antigos hospedes, estes também vão. — E assim que começa uma boa história, não é mesmo, Cinty? — Concentrado no que escrevia, quase esquecia de tragar o cigarro que deixava a ponta da mesa enquanto escrevia em seu pequeno caderno de anotações.
— Oh, olá. — Disse ao perceber que o local começava a encher aos poucos, o cigarro levado até os lábios enquanto a fumaça exalava da ponta dançando no ar quase como uma bailarina destinada a dançar pela eternidade. — Não os percebi chegarem tão rápido. — Disse como se estivesse sorrindo com a situação, abaixou a caneta enquanto com a mão direita, a mão que estava o cigarro, começava a parecer contar quantas pessoas estavam ali.

— Oh céus... Não me apresentei. — Apagou o cigarro na mesa em que deixou a caneta junto ao caderno enquanto apenas acenou de forma calma, movendo a mão para um lado e para o outro apenas uma vez. — Me chamo Willy... — Logo pegou a caneta e escreveu mais alguma coisa. 

— Espero que aproveitem a estadia, este lugar é realmente um bom lugar para aqueles interessados em uma ótima história. — Deixou uma breve risada encerrar o papo, abaixando o rosto novamente para o caderno, o cabelo negro caíra sobre o olho esquerdo enquanto o direito abaixado quase não dava para perceber o esmeralda que sua íris emanava.

Chegaram todos, finalmente era minha vez de brilhar. Deixei que Willy passasse ao meu lado e bocejei elevando minha voz em sua direção.

Porque meu senhor continua a trazer essas pessoas? O coelho estará emergindo da toca? 

Virei meu rosto lentamente em sua direção, quase o tombando para no ombro de willy. Bloqueei sua passagem e olhando de baixo para cima, o leque em minha mão começou a se movimentar rapidamente.

Onde vai? Está escuro lá fora! Ha ha ha!

Gargalhos saltaram da minha boca e lentamente segui willy para dentro do corredor.

Assim que peguei as malas, larguei as que eram de meu irmão ao seu lado e fui falar com o recepcionista.

— Com licença, não pude deixar de notar que só possuí 7 quartos aqui, onde você e seus funcionários ficam? Só pra caso de uma emergência... — já havia montado o script na cabeça, antes de ir até ele, já que havia pensado nisso quando o 7º hospede chegou.

Olhei para a criança e do bolso puxei um pirulito.

Você gosta?

Entreguei o doce à criança e com o braço direito fui puxando aquele que era mais alto que eu em direção ao balcão.

Parece que o coelho já nos chamou de volta! Hey criança.

Girei meu pescoço para olhar o garoto. 

Eu te contarei uma história amanhã! Tudo bem? Uma história enorme!

Dito isso, ainda empurrando aquele que era para ser meu companheiro de equipe para dentro da pequena porta. Desapareci.

Emmerich apanhou suas malas, chaves e direcionou-se até seu quarto. Abriu a porta calmamente e adentrou o cômodo de costas enquanto arrastava sua bagagem.

Para alguém que reclamava quando o ignoravam, foi bem hipócrita. Olhei para meu irmão, que já estava indo até seu quarto e, depois de pegar minha chave, fui até o meu.

Observava as pessoas ao redor em silêncio, segurando o livro em suas mãos contra o peito e pegando a mala que trazia consigo, andando cuidadosamente para não esbarrar nas pessoas, indo até o próprio quarto.